ENQUADRAMENTO
O abuso sexual é uma agressão que marca, indelevelmente e para sempre, as suas vítimas e as suas famílias.
Todos os casos são delicados, porque é delicada e íntima a sua natureza. Não é fácil estabelecer empatia com uma vítima de abuso sexual e, muito menos, fazê-la abordar o assunto, reavivando, uma e outra vez, na sua memória tudo o que quer esquecer.
É este trabalho desgastante, complexo e devastador que o terapeuta tem de encarar, julgando sem julgar e sendo objetivo, compreensivo, justo, imparcial, ausente e solidário a um mesmo tempo.
Há que encarar a vítima, os factos, as consequências e a vida futura, tentando avaliar e intervir psicologicamente, sem descurar o aspeto judicial do delito.