ENQUADRAMENTO
Entendemos como “família” o lugar onde naturalmente nascemos, crescemos e morremos, contudo ao longo deste percurso, possamos indo tendo mais do que uma família. Assim, é um espaço privilegiado para a elaboração e aprendizagem de dimensões significativas da interação: os contactos corporais, a linguagem, a comunicação, as relações interpessoais; é um espaço de vivência de relações afetivas profundas: a filiação, a fraternidade, o amor, a sexualidade…numa trama de emoções e afetos positivos e negativos que, na sua elaboração, vão dando corpo ao sentimento de sermos quem somos e de pertencermos àquela e não a outra qualquer família. A família também deve ser vista, como um grupo institucionalizado, relativamente estável, e que constitui uma importante base da vida social. Tudo isto faz da família um objeto de estudo de diferentes disciplinas científicas e um campo de investigação pessoal.
A terapia familiar surge como uma abordagem psicoterapêutica que procura alterar as interações entre os membros da família e pretende, ao mesmo tempo, melhorar o funcionamento de cada membro. A abordagem compreende, em geral, o trabalho com a família como grupo, embora possa prosseguir com um único membro ou subgrupo da família.